Contrangidos pelo Amor de Cristo - Por Daniel Leite Fonseca
“Se Jesus Cristo é Deus e morreu por mim, então nenhum sacrifício pode ser grande demais para que eu faça por Ele” (Carlos Studd)
Esta é uma palavra para agradecer! Estou me dirigindo a um grupo bem restrito: Àqueles que frequentam com regularidade os nossos encontros dominicais e outros que, impedidos de fazê-lo, tem, à distância, caminhado conosco. Muito obrigado pela cooperação e pelo apoio!
Aproveito para dizer: Se entendemos que os ideais de fé devem se sobrepor às trivialidades do quotidiano; se entendemos que a vida só tem beleza e sentido quando nos apaixonamos por algum ideal e a ele nos doamos com inteireza, paixão e desprendimento e se compreendemos que o amor de Cristo nos constrange e que, em resposta a esse ideal e constrangimento de amor, somos chamados a servi-Lo na pessoa do desvalido, da prostituta, do faminto, do miserável; se assim é, vamos, então, nos abraçar; vamos nos dar as mãos e caminhar por essa trilha bendita. Porque "Este é o caminho - andai por ele!".
Estes, tem sido para mim dias de reflexão.
Tenho pensado muito nestes dias!
Deixei a direção geral de Nova Canaã, pensando em desfrutar de uma vida amena e tranquila. Afinal, foram cerca de 45 anos de lutas e de sonhos realizados ou frustrados.
Nova Canaã, onde permaneci titular por mais de três décadas, foi-me uma grande paixão. Os últimos anos, todavia, se me afiguraram penosos e com cheiro de túnel abafado. Os ideais propostos na placa, afixada no pátio, me pareciam distantes e irrealizáveis, pelo menos sob minha liderança. Não via nem ambiente e nem vontade realizadora para tanto, ficando-me a dúvida se a liderança em geral, e a igreja como um todo, teriam entendido as dimensões e implicações do que nela estava proposto.
O próprio estilo de ser-compreender-igreja me tornava um desajustado.
Com pouco chão, com pouco sal e pimenta e quase nenhum gás, tomei a decisão do jubilamento ou da jubilação que, aliás, já por bom tempo, vinha acalentando.
Imaginei-me em vida amena, desfrutando de minha casa, de meu quintal, de minha mulher - que me tem sido um porto seguro e tranqüilo. Vi-me viajando para a fazenda ou ao encontro de meus filhos e netos e indo mais vezes ao exterior. Essas coisas! Típicas de quem, aos 67 anos, vive o seu último período de vida.
Volto a me lembrar do que o Daniel, meu filho, me disse, há anos, em tempos revoltos de minha vida pessoal: "Pai, pastor não aposenta! Pastor é pastor até o final". Disse a um amigo dileto, que está caminhando conosco, que me era inimaginável um outro projeto de vida ministerial e de fé que não o que me polarizou nestas três últimas décadas.
Mas ele está acontecendo! E vocês estão caminhando comigo. Estamos juntos colocando os primeiros tijolos: da graça, da fé, da paixão, da compreensão e da solidariedade. Chegaremos a bom termo? Deus o sabe! “Eia! Subamos e conquistemos a terra” que ao Senhor aprouve dar-nos por herança!
Tenho os pés no chão e sei que os meus anos se encurtam mas as bases ficarão estabelecidas e outros, mercê de Deus, darão continuidade. Assim espero. Jesus disse: “Quem colhe recebe o seu salário, e o resultado do seu trabalho é a vida eterna para as pessoas...outros trabalharam e vós entrastes no seu trabalho”.
Um beijo,
Dnl
P.S.: Estou aguardando vocês amanhã em nossa "Cidade Refúgio"(Av. Edméia Lazarotti)
Um comentário:
Concordo com Daniel "pastor não se aposenta" por isso, serei eternamente grata a Deus por fazer parte deste trabalho que continua na direção que Deus o descreveu:"Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado". Espero representar bem a Cristo através deste trabalho e que este dê frutos onde quer que eu esteja! Bendiciones!
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