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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Luto: a Igreja Brasileira perde um Gigante!

Há tempos o Pr. Daniel alimenta o desejo de trazer o Bispo D. Robinson Cavalcanti para falar-nos pessoalmente. Sonho este, não mais possível. Pelo menos ao vivo, já que seus escritos e vídeos tornam imortais os seus ideais, sua fé, seus sonhos, suas crenças, seus repúdios e suas firmes posições pautadas no verdadeiro Evangelho de Cristo! Chocou-nos, hoje, a notícia de que ele e sua esposa, a professora Miriam, foram brutalmente assassinados, aos 64 anos de idade, à facadas, pelo próprio filho adotivo, na noite de ontem.

Segue abaixo, na íntegra, o que publicou o blog "Genizah" (http://www.genizahvirtual.com/).

Que o Espírito Santo de Deus, o Consolador de nossas almas, assista aos familiares, amigos e ovelhas que choram a dor desse luto.

Um abraço,
FDA.

LUTO! A Igreja de Cristo, que está no Brasil, perdeu um de seus maiores profetas: Robinson Cavalcanti

LUTO! A Igreja de Cristo, que está no Brasil, perdeu um de seus maiores profetas: Robinson Cavalcanti, bispo anglicano, um dos maiores propagadores da Teologia da Missão Integral, um dos pioneiros na conscientização sobre a ação pública da Igreja de Cristo.

Todos, principalmente, os que militamos por uma Igreja relevante para a sociedade, temos uma dívida para com Robinson Cavalcanti, e lamentamos profundamente a perda dele e de sua esposa Miriam, também, vítima da violência que ceifou a vida desse representante maior do Evangelho de Cristo, na América Latina.

Poucas vezes a dor de uma perda foi tão lancinante. Essa é a hora do Cristo, que, no curso de uma morte violenta, em meio ao fel da brutalidade humana, soube proferir as palavras, que, até hoje, curam-nos de nossos próprios males: "Pai, perdoa-os, eles não sabem o que fazem!"

Que o Espírito Santo, que, no transcurso de milênios, sempre esteve com seus filhos, enquanto experimentavam da mesma injustiça que vitimou o Cristo, Jesus de Nazaré, salvador da humanidade, assista à família enlutada e a toda a Igreja que chora a morte de um de seus pastores, com o consolo e a paz que excedem a todo o entendimento. 



(Por GENIZAH)

Bispo D. Robinson Cavalcanti e esposa morrem assassinados em Olinda - PE

ATUALIZADO EM 27/02 AS 08:21h

 Foi assassinado pelo próprio enteado a facadas. O homem se encontrava alcoolizado e sob efeito de drogas.


Eduardo Olímpio, o assassino,  vivia nos Estados Unidos há mais de vinte anos e enfrentava processo de deportação por envolvimento com drogas. Estava no Brasil há apenas 15 dias e pouco convivia com seus pais.

A noticia foi divulgada nesta madrugada no site oficial da Igreja Anglicana Diocese do Recife. Naquele momento, ainda não se dispunham de detalhes, apenas se informava que o crime ocorreu neste domingo 26/02/2012 por volta das 22h na residência do casal na cidade de Olinda – Pernambuco. 

As 08:10h desta segunda-feira, o Diário de Pernambuco (com informações do repórter Eduardo Araújo da TV Clube ) informou que, de  acordo com a policia, o autor do crime é o próprio filho adotivo do casal Eduardo Olímpio Cotias Cavalcante, de 29 anos. O rapaz morava nos Estados Unidos desde os 16 anos de idade e teria voltado ao Brasil há cerca de 15 dias depois de ter sido preso no  estrangeiro várias vezes por envolvimento com drogas e outros delitos.

VÍDEO REPORTAGEM DA TV JORNAL de Olinda
 
Segundo o reverendo Hermany Soares, amigo da família, quando Eduardo chegou ao Brasil, ele foi buscá-lo no aeroporto e ainda no desembarque teria perguntado onde compraria uma arma.
D. Mirian  Cotias, esposa. 
Ontem pela manhã, o rapaz saiu de casa, foi beber na praia e voltou à tarde. À noite ele foi visto amolando uma faca na frente do portão de casa. Por volta das 22 horas da noite, Eduardo começou a discutir com o pai, pegou a faca e começou a golpear o idoso. A mãe foi defender o marido e também foi esfaqueada.

O bispo Robison morreu no quarto. Já a mãe ainda foi levada para o Hospital Tricentenário, em Olinda, com uma facada no peito esquerdo, mas já chegou morta. 

Após o crime, Eduardo tentou cometer suicídio ingerindo uma substância não identificada e aplicando vários golpes de faca no próprio peito. Ele foi levado para o Hospital da Restauração (HR) em uma viatura da Polícia Militar. 
 
A IADR registra a mensagem de pesar:

A família diocesana agradece a Deus pela vida e devotado ministério do seu Pai em Deus, pastor, mestre e amigo, um verdadeiro profeta e mártir do nosso tempo, que lutou pela causa do evangelho de Cristo, por Sua igreja, bem como pela Comunhão Anglicana, e que contou sempre com sua esposa que, como fiel ajudadora, o apoiou em todos os anos de seu ministério.

Partiu para a Eternidade deixando um legado de serviço, amor e firmeza doutrinária, pelos quais essa Diocese continuará.

D. Robinson era casado com Miriam desde 1969. Era pai de Eduardo Olímpio e Carla Alessandra e avô de José, Jahnae e Christopher.
 

 
A seguir, um vídeo muito descontraido (o vídeo e o próprio D. Robinson nele) registrando informalmente uma das reuniões que deram início a criação da Aliança Cristã Evangélica (imagens de Alex Fajardo), hoje uma lembrança autêntica e alegre da comunhão de irmãos:
 


BIOGRAFIA RESUMIDA(Por Genizah)
Dom Edward ROBINSON de Barros CAVALCANTI, nasceu no Recife-PE, em 21 de Junho de 1944. Aos três anos de idade se mudou para a cidade de União dos Palmares, em Alagoas, onde estudou até o Curso Ginasial, onde seu pai, Edward Lopes Cavalcanti, era empresário e político, e onde participou, como criança e adolescente da Paróquia de Santa Maria Madalena, e da política estudantil. Nessa época passou, ocasionalmente, a freqüentar sessões kardecistas (religião da família do seu pai) e a ser evangelizado por amigos evangélicos.

 Em 1960 foi para o internato do Colégio Evangélico Presbiteriano XV de Novembro, em Garanhuns-PE, fazer o 1º ano do 2º grau. Em 21 de abril daquele ano aceitou a Jesus Cristo como único Senhor e Salvador. Em 1961 regressou ao Recife, para viver com seus avós paternos, e continuar o seus estudos no Colégio Nóbrega, - católicos jesuítas- onde se envolve com estudos teológicos de cunho católico.

 No início de 1962 desvincula-se da Igreja Romana e do Espiritismo Kardecista e concluiu o Curso Clássico e o Curso de Língua e Cultura Hispânica. Em 31 de outubro de 1963 (Dia da Reforma) foi confirmado na Igreja Evangélica Luterana do Brasil.

De 1963 a 1966 cursou Licenciatura em Ciências Sociais na Universidade Católica de Pernambuco (dos Jesuítas), e Língua Inglesa, na Sociedade Cultural Brasil-EEUU. De 1963 a 1967 cursou, simultaneamente, o Bacharelado em Direito na Universidade Federal de Pernambuco, participou da política estudantil, integrando o Diretório Acadêmico“Demócrito de Souza Filho”, da Faculdade de Direito, e do Teatro Universitário. Ingressou na ABU (Aliança Bíblica Universitária).

Fez estágio no Departamento de Ciências Sociais da Universidade da Califórnia, em Los Angeles.Iniciou sua vida como Advogado, Assessor da ABU (10 anos) e professor nos Colégios Agnes Erskine (Presbiteriano), Americano Batista e Sagrado Coração Eucarístico de Jesus. Optou pela carreira universitária, como professor de Ciência Política, na Faculdade de Filosofia do Recife (FAFIRE, das Irmãs de Santa Dorotéia), Seminário Presbiteriano do Norte, Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

Em 1974-1975 cursou o Mestrado em Ciência Política no Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro, da Universidade Cândido Mendes, defendendo (como denominada então), a tese: ”Alagoas – a Guarda Nacional e as Origens do Coronelismo”. Foi Evangelista e Candidato ao Ministério na IELB.Participou da fundação (1970) da Fraternidade Teológica Latino-americana (FTL), onde integrou, por sete anos, a sua Comissão Executiva. Integrou, também, a Comissão de Convocação do Congresso de Lausanne (1974), e a Comissão de Lausanne para a Evangelização Mundial (LCWE), por quatro anos, bem como a Comissão Teológica da Aliança Evangélica Mundial (LCWE), na Unidade “Ética e Sociedade”.

Filiou-se aos Gideões Internacionais e ao Rotary Club. Passou a colaborar como articulista na imprensa escrita. Por 10 anos escreveu a coluna dominical “Evangelismo” no Jornal do Commércio, e, por dois anos a coluna “Panorama Evangélico”, do Diário da Noite. Escreveu, por cinco anos, para a revista Kerygma (São Paulo), e foi o mais antigo colaborador da revista Ultimato.

Foi presidente da ASAS, ONG de apoio aos portadores de HIV/AIDS. Participou da campanha do “Parlamentarismo” e da campanha pelo “Fora Collor”. Por cinco anos, integrou o NIES – Núcleo Interdisciplinar de Estudo sobre a Sexualidade da UFPE, participando de debates sobre o tema em várias instituições, inclusive defendendo, como convidado, a posição ortodoxa da Igreja, na Semana Cultural do “V Congresso Brasileiro de Homossexuais”. Compatibilizando a defesa da Ética Bíblica com a defesa da Cidadania, integrou o grupo de pastores evangélicos que subscreveu o manifesto de apoio a Emenda Marta Suplicy (direitos patrimoniais e previdenciários). Definindo-se como um democrata, nacionalista, federalista, regionalista, municipalista, parlamentarista, defensor de uma Sociedade Solidária e de uma Economia pós-Capitalista, inspirada nos valores judaico-cristãos, participou de um sem número de movimentos em defesa da Justiça Social, sempre encarando tal participação como expressão de um ministério profético.

Ao todo são mais de 1.000 artigos sobre Teologia e Ciência Política, publicados no Brasil e no Exterior. Atuou, também, na rádio e na televisão, em programas religiosos e políticos, passando a dar conferências no país e no exterior, principalmente na área de Ética Social. Como convidado do Governo, pregou no Culto Semanal dos Deputados, na Capela do Parlamento da Suécia.

Foi candidato a Deputado Estadual, em 1982, pela oposição ao Regime Militar (e membro do Diretório Municipal do PMDB do Recife), e participou das campanhas pela Anistia e pelas ‘Diretas Já’.
                                                             Genizah

Para finalizar, a postagem de alguém que compartilhou sua tristeza no blog GENIZAH e assinou por "Digão".
 
DOR DE TRISTEZA
Há dias em que, a despeito de terem acontecido coisas boas a você, vindas diretamente do Pai, você fica triste, meio chocado, com uma sensação ruim no peito.

Hoje, chegando ao trabalho, ligo o PC e leio a triste notícia que a Sociedade Bíblica do Brasil publicou a “Bíblia Apostólica”, com notas do sr Estevan Hernandes, autoproclamado apóstolo, e com introdução do Sr. Renê Terra nova, autoproclamado patriarca. Mesmo sabendo que a SBB é uma empresa privada, e que em nossa sociedade capitalista o lucro é um objetivo a ser alcançado, vi que um limite, o da ética, do bom-senso e o da sã doutrina, foi ultrapassado. Puxa, a SBB é empresa privada, mas publica Bíblias! A Bíblia não pode ser fetichizada ou coisificada. Não é commodity ou debênture. Com certeza o empreendimento “apostólico” vai vender horrores neste hospício que se tornou a igreja evangélica. Mas o custo social para a SBB será altíssimo.

Logo, leio uma segunda notícia, a de que D. Robinson Cavalcanti e sua esposa morreram esfaqueados pelo filho adotivo. Acompanho D. Robinson desde minha conversão, há 23 anos atrás. Ele ajudou-me a entender melhor o mundo à minha volta. Seus escritos sobre cristianismo e política, especialmente, me fizeram entender que ser um cristão de esquerda é uma proposta válida de exercício de cidadania e fé. Seu posicionamento firme contra a avalanche ideológica do movimento gay-hedonista, seu repúdio à teologia liberal e seu alerta contra o fundamentalismo secular me alegraram por ver uma voz profética em meio ao caos religioso em que nos encontramos. Infelizmente, as drogas fizeram com que seu filho adotivo cometesse um desatino desses.

As pessoas direitas morrem, e ninguém se importa; os bons desaparecem, e ninguém percebe. É o poder do mal que os leva embora, mas eles encontram a paz. Os que vivem uma vida correta descansam em paz na sepultura (Is 57.1, 2, NTLH). D. Robinson está, com certeza, na paz do Pai. Nós, que aqui ainda militamos, e que nos chocamos com tantos desatinos cometidos em Seu nome (mas não certamente em Seu espírito), somente temos o que lamentar, a suplicar e a clamar. A lamentar, a tristeza de saber que um irmão que nos auxiliou em nossa caminhada cristã já não está mais entre nós; a suplicar, a misericórdia do Altíssimo em tempos em que a paganização do cristianismo evangélico brasileiro avança paulatinamente; a clamar, volta logo, Senhor!
 
 


 

Um comentário:

Dilly Scolari disse...

Muito triste.